segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Harpas que não emudecem


No Salmo 137 encontramos o relato da tristeza dos filhos de Deus exilados na Babilônia.

Sabemos que a fama de Israel quanto as suas canções havia corrido por toda parte.Israel era um povo que cantava. Exemplo: Moisés, Miriã, Débora, Davi, ...

Agora, junto aos rios de Babilônia, o que fizeram os israelitas? Se assentaram, choraram, lembraram de Sião, e por fim, penduraram suas harpas. Essa é ainda hoje nossa tendência em momentos adversos. Desejamos em meio as provações, ficar calados, chorando e lamentando a nossa sorte. E como se isso fosse pouco, somos tentados a pendurarmos nossas harpas. Vou dar um tempo, é o que pensamos. Quando essa maré passar, então retomo minhas atividades.Corremos o risco de nos acomodarmos e enterrarmos nossos talentos, na espera de uma possível calmaria.

Como entoaremos o cântico do Senhor em terra estranha?

Em terra estranha é que a canção do Senhor precisa ser cantada. É na provação que o crente testifica da sua fé em um Deus que é maior que as circunstâncias. Cantar quando tudo vai bem não é difícil, mas cantar na prisão é só pra quem vive por fé.

Em terra estranha, temos oprtunidade de mostrar nosso modo de vida, sem esmorecer diante das decepções que a vida nos revela.

Você e eu fomos chamados para entoar as canções do Eterno.

Não se cale. Cante a eterna graça e misericórdia do Senhor. Por certo as cadeias vão se abrir.

Aleluia!

domingo, 5 de setembro de 2010

Espere em Deus


Quando leio o Salmo 40, fico meditando o quanto é difícil para nós lidarmos com a espera. Realmente esperar é um desafio para todos nós. A fila do ônibus, do banco, a promoção no emprego, a resposta do vestibular, se tornam verdadeira tortura se não estamos exercitando a paciência. Devemos, a exemplo de Davi, depositarmos no Senhor nossa confiança mesmo quando todas as circunstâncias apontam para o fracasso. É o Senhor quem nos pôe sobre a rocha, firma nossos passos e ainda coloca um novo cântico em nossa boca.

Somos inclinados a esquecer das maravilhas que o Senhor tem operado em nossas vidas. Reclamar parece ser mais fácil do que esperar.Gostaria de desafiá-lo a esperar com paciência no Senhor. Com certeza Ele está ouvindo seu clamor e não te abandonou. Há um propósito para tudo o que acontece em sua e em minha vida. Deus está no controle. É preciso esperar e Ele agirá.

Davi não estava vivendo seu melhor momento pois ele afirma; "Porque males sem número me têm rodeado; as minhas iniquidades me prenderam, de modo que não posso olhar para cima; são mais numerosas que os cabelos da minha cabeça, pelo que desfacele o meu coração". Ainda assim , ele prefere esperar no Senhor; no auxílio, na misericórdia e no livramento que só podem vir de Deus.

Estou certo de que o Deus de Davi é o mesmo a quem eu e você servimos. Ele nos ama e cuida de nós. Essa onda vai passar. Vamos cantar um cântico novo. Não desanime, espere em Deus.

Em Cristo.

Pr Rubens

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O Ministério Profético na Bíblia - 3º Trim.da EBD


A cada trimestre, um reforço espiritual para aqueles que desejam edificar suas vidas na Palavra de Deus.No 3º trimestre de 2010, estaremos estudando o tema O Ministério Profético na Bíblia, a voz de Deus na TerraComentarista: Pastor Esequias Soares.

SUMÁRIO DA LIÇÃO:

1- O Ministério Profético no Antigo Testamento

2- A Natureza da Atividade Profética

3- As Funções Sociais e Políticas da Profecia

4- Profecia e Misticismo

5- A Autenticidade da Profecia

6- Profetas Maiores e Menores

7- Os falsos Profetas

8- João Batista – O Último Profeta do Antigo Pacto

9- Jesus – O Cumprimento Profético do Antigo Pacto

10- O Ministério Profético no Novo Testamento

11- O Dom Ministerial de Profeta e o Dom de Profecia

12- O Tríplice Propósito da Profecia

13- A Missão Profética da Igreja

Fonte: CPAD

CPAD - Prêmio Professor de Escola Dominical do Ano


Prêmio Professor de Escola Dominical do Ano
O vencedor ganhará um prêmio de R$ 10mil e a igreja igual valor em livros CPAD.
O concurso que visa reconhecer e incentivar o professor de Escola Dominical chega à sua 3ª edição.
Desta vez com algumas novidades. Uma delas é a premiação da igreja que indicar o professor contemplado.
Isso significa que, além dos R$ 10 mil em cheque nominal e o Troféu Antonio Gilberto destinados ao educador, a CPAD também premiará a congregação da qual ele é membro. Esta receberá R$ 10 mil em vale-compra para ser trocado em livros numa das filiais da Casa Publicadora das Assembleias de Deus em todo o Brasil.
DATA DE ENTREGA PRORROGADA PARA ATÉ31 DE AGOSTO DE 2010

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Proposta de leitura obrigatória da Bíblia nas escolas gera debate.


A Assembléia Legislativa de El Salvador recebeu, na quinta-feira, 10, proposta de tornar obrigatória a leitura da Bíblia nas escolas, motivou debate no país, impulsionado pelo coronel da Força Armada, Antonio Almendáriz, deputado evangélico do Partido de Reconciliação Nacional (PRN), de direita.
A leitura das Sagradas Escrituras nas escolas incentivaria um comportamento que seria um freio ao número de homicídios no país, considerado o mais violento do continente, e um controle das ações das ligas juvenis ou gangues.
A discussão da proposta deverá ser discutida amanhã no Legislativo. O ministro da Educação, Salvador Sánchez Cerén, já manifestou rejeição à proposta. Deputados do PCN e um da Arena pediram que a leitura da Bíblia nas escolas entre em vigor a partir de 11 de fevereiro de 2011, início de novo período letivo.
Dois advogados constitucionalistas asseguraram que a medida seria uma violação à Constituição da República. Mas não descartaram a aprovação da proposta, desde que acordada pelas partes envolvidas e mediante referendum popular.
Segundo nota no diário El Mundo, o ex-magistrado da Sala Constitucional, Mario Solano, explicou que a lei ou decreto entrria em choque com a liberdade de consciência e de religião, embora a Bíblia não manifeste inclinação a nenhuma crença em particular.
Também alegou que a proposta viola a liberdade de cátedra e contraria a educação democrática sem influências religiosas ou classistas. Ele não tem convicção de que a leitura do texto sagrado levaria crianças a uma conduta mais ética.
Fonte: ALC

terça-feira, 15 de junho de 2010

Assenbleia de Deus é acusada de fazer campanha antecipada


Uma operação da equipe de fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE) aprendeu nesta quarta-feira centenas de cartilhas “Manual feminino da cidadania”, na sede da igreja Assembleia de Deus em Madureira. O material apresenta indícios de propaganda antecipada de campanha do pré-candidato do PR ao governo do Rio, Anthony Garotinho (foto), e do pastor Manoel Ferreira.
O pastor Ferreira deverá concorrer a uma vaga no Senado. Além de fotos, as cartilhas, com 34 páginas cada uma, fazem referências a realizações do ex-governador e do pastor.
Também foram recolhidas na sede da igreja fichas de cadastramento de fiéis, nas quais são solicitados o número do título de eleitor, zona eleitoral e local de votação. Muitos cadastros já estavam preenchidos com dados dos eleitores.
Promotores do Ministério Público Eleitoral e a equipe do TRE passaram a acompanhar a distribuição das cartilhas há cerca de 20 dias. Segundo o juiz Paulo Cesar Vieira de Carvalho Filho, responsável pela fiscalização da propaganda no Rio, o material vinha sendo entregue durante os cultos da igreja.
- É proibida a propaganda eleitoral dentro de igreja. Isso é uma infração, e todo o material será enviado para a Procuradoria Eleitoral, que tem a atribuição de tomar as medidas cabíveis – disse Carvalho Filho.
O ex-governador Garotinho afirmou que conhece a cartilha, mas que não sabe quem a produziu. Manoel Ferreira não foi localizado.
Garotinho entra com recurso no TRE para reverter sua inelegibilidade
O ex-governador Anthony Garotinho, pré-candidato ao governo do Rio pelo PR, entrou com recurso nesta terça-feira, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio, para tentar reverter a decisão que, no último dia 27, o tornou inelegível por três anos, a contar de 2008 .
No pedido de embargo de declaração (recurso para que o TRE reveja sua posição), o advogadocontratado por Garotinho no Rio, Jonas Lopes Neto, sustentou que não há provas concretas de que o ex-governador cometeu abusos de poder econômico a favor de sua mulher, a prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, na campanha municipal de 2008, pelo que o casal foi punido.
Fonte: O Globo

segunda-feira, 14 de junho de 2010

SER PASTOR


Ser PastorÉ experimentar o gosto de sentimentos opostos;
é estampar no rosto a serenidade que tranqüiliza o aflito
e deixar rolar a lágrima que substitui o grito;
é sorrir, chorar, se solidarizar.
Ser PastorÉ viver momento de glória, aplausos de reconhecimentos,
é viver momentos de desprezo, de críticas, de esquecimentos;
e sentir a dor do espinho;
é ver escorrer o sangue e prosseguir na jornada.
Ser PastorÉ sentir o peso da responsabilidade;
é fazer da alegria alheia a sua própria felicidade;
é ouvir cada um em suas ansiedades e nem sempre ter alguém
para compartilhar suas necessidades.
É ser amigo, é ter o poder de influenciar uma multidão
e saber experimentar o gosto da solidão.
Ser PastorÉ não ter palavras em algumas situações;
é emprestar os ouvidos para desafogar corações;
é agir com doçura, com firmeza e até com dureza movido pelo amor.
Feliz dia do Pastor

quarta-feira, 2 de junho de 2010

O VALOR DA TEMPERANÇA



“E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18).
- Enchei-vos deixa claro que o estar cheio do Espírito não se completa com uma única experiência, mas é mantida por ser continuamente cheio, isto é, ser enchido repetidas vezes numa renovação de vida constante conforme ordenado nesta perícope. O início da vida cristã é marcado pelo selo do Espírito (Ef 1.13,14; 4.30), o qual não se repete; o encher-se do Espírito pertence à vida cristã inteira, devendo ser continuamente buscado. Esse entendimento é corroborado pela passagem paralela desse texto em Cl 3.15, 16, onde Paulo exorta aos cristãos para que deixem a Paz de Cristo governar seus corações e permitir que a palavra de Cristo habite ricamente neles. Estar cheio do Espírito é estar cheio de Cristo e da sua Palavra (Jo 14.16,26; 16.12-15; 17.17).
VERDADE PRÁTICA
A Igreja de Cristo sempre primou pela temperança. A vida de seus membros tem de ser um eloqüente protesto contra as inconseqüências e vícios.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Jeremias 35.1-5, 8,18,19
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
-Explicar a origem dos recabitas;
-Compreender que os recabitas honravam a tradição de seus antepassados;
-Conscientizar-se de que a Igreja de Cristo deve ter um forte compromisso com a temperança e com a excelência moral tanto de seus membros quanto dos que a cercam.
PALAVRAS-CHAVE
FIDELIDADE
1. Qualidade de fiel.
2. Fé, lealdade.
3. Verdade, veracidade.
4. Exatidão.
5. Nesta Lição: Constância e firmeza em observar os princípios bíblicos.
TEMPERANÇA
1. Hábito de moderar os apetites sensuais, os desejos, as paixões.
2. Sobriedade no comer e no beber.
3. Comedimento, moderação.
4. Economia; parcimônia; modéstia.
- A temperança (em grego: σωφροσύνη, sophrosyne, em latim: temperantia) é uma das virtudes ditas universais, uma dais quais propostas pelo cristianismo. Temperança significa equilibrar, colocar sob limites, moderar a atração dos prazeres, assegura o domínio da vontade sobre os instintos e proporcionar o equilíbrio no uso dos bens criados.
COMENTÁRIO
(I. INTRODUÇÃO)
Deus, por vezes, lançava mão de ilustrações históricas vivas para ensinar ao seu povo. Quando quis mostrar ao povo de Israel que requeria dele obediência à Sua palavra, chamou Jeremias para uma tarefa inusitada. Jeremias devia procurar os membros de um clã em Israel, chamado de recabita, e fazer um convite que poderia mudar a vida deste povo. Nesta lição aprenderemos uma interessante forma didática utilizada por Jeremias para apresentar a Palavra de Deus ao povo de Judá. Os recabitas faziam parte de uma tribo nômade aparentada com os queneus e com o sogro de Moisés, Jetro (Jz 1.16; 1Cr 2.55). A maioria dos queneus morava em cidades, adotando um estilo de vida urbano (1Sm 30.29). No entanto, seu ancestral Jonadabe convocou seus descendentes a um novo tipo de vida, renovando-lhes o sentido de sua existência. Ordenou aos seus filhos, mais de duzentos anos antes, que não bebessem nenhum tipo de vinho. Era um tipo de povo ascético, não habitavam em casas permanentes e nem cultivavam a terra. Viviam como nômades, criando gado. Jeremias recebe uma ordem do SENHOR para por em prova a fidelidade dos recabitas à essas ordenanças de seu patriarca para contrastar com a infidelidade de Judá ao seu Deus. Os recabitas foram obedientes e demonstraram respeito às tradições de seus pais. Deus queria que o povo de Judá compreendesse que eles não estavam respeitando suas leis e ordenanças. Esta lição deve nos levar a refletirmos sobre nossa fidelidade ao Senhor. Se quisermos agradar ao Senhor, precisamos obedecer-Lhe. Veremos como agiam os recabitas e nos inspiraremos em seu exemplo de temperança e fidelidade. “À semelhança dos recabitas, primemos pela excelência das virtudes cristãs. Caso contrário: seremos tidos como profanos quando da volta do Senhor Jesus.” Claudionor de Andrade, REFLEXÃO

(II. DESENVOLVIMENTO)
I. A ORIGEM DOS RECABITAS
1. Sua origem. Os recabitas constituíam o que podemos chamar de uma ordem religiosa ascética fundada por Jonadabe, filho de Recabe, no século IX a.C., não bebiam vinho nem consumiam qualquer produto vindo da videira e por cerca de 250 anos mantiveram este estilo de vida. Aparentaram-se com os queneus e com os descendentes de Jetro, foram adotados pela tribo de Judá (Jz 1.16; 4.11), eram considerados membros legítimos do povo de Deus. Tudo que se sabe sobre este povo acha-se registrado apenas em Jr 35.
2. Seu relacionamento com Israel. Jonadabe foi o auxiliar de Jeú no plano traçado por este para destruir a casa de Acabe e a destruição do culto a Baal em Israel. Jonadabelevava uma vida de austeridade e abstinência com convicções próprias acerca da adoração a Deus.
3. O encontro dos recabitas com Jeremias. Esse encontro aconteceu no final do reinado de Joaquim e no momento em que Jerusalém seria sitiada pela primeira vez pelos babilônios em 598 a.C., o que levou muita gente a abandonar os campos e irem para Jerusalém (35.11). O voto feito por Jonadabe, filho de Recabe, levou seus descendentes à uma vida nômade, sem casas permanentes e abstinência de vinho, numa dedicação voluntária que não era exigida pela Lei. Eram leais a YAHWEH e por isso, os recabitas foram citados por sustentarem leis que estavam sendo esquecidas rapidamente pelos judeus, a nação que os adotou. Deus utiliza o exemplo dos recabitas para ensinar seu povo a respeito da fidelidade aos seus mandamentos. SINOPSE DO TÓPICO (1)
II. O ESTILO DE VIDA DOS RECABITAS
As ordens de Jonadabe visavam que os Recabitas vivessem como peregrinos, forasteiros, não deviam criar raízes em lugar algum, mas sempre prontos para locomover-se por caminhos novos. O Novo Testamento ensina que somos peregrinos nesta terra: “Todos eles viveram pela fé, e morreram sem receber o que tinha sido prometido; viram-no de longe e de longe o saudaram, reconhecendo que era estrangeiros e peregrinos na terra.” (Hb 11.13); “Pois não temos aqui nenhuma cidade permanente, mas buscamos a que há de vir.” (Hb 13.14); “Amados, insisto em que, como estrangeiros e peregrinos no mundo, vocês se abstenham dos desejos carnais que guerreiam contra a alma.” (1Pe 2.11). Por conta da fidelidade dos descendentes de Recabe, o Senhor decretou uma bênção para sua linhagem: “Assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Vocês têm obedecido àquilo que o seu antepassado, Jonadabe, ordenou; têm cumprido todas as suas instruções e têm feito tudo o que ele ordenou. Por isso, assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Jamais faltará a Jonadabe, filho de Recabe, um descendente que me sirva.” (vs. 18,19). De igual modo há bênção para o discípulo que aprende a honrar e que é fiel em guardar os ensinamentos que recebe.
1. Abstinência de bebidas fortes. Deus tinha um propósito claro nesta dramatização. O exemplo dos recabitas era para ser imitado. Os ouvintes de Jeremias deviam considerar aquela tribo que trabalhava tão bem o ferro, mas era sensível à sua história e aos seus valores. Os recabitas não foram elogiados por Deus por recusarem beber vinho, nem por recusarem o estilo “moderno” de vida dos judeus. Eles foram tomados como exemplo por permanecerem fiéis, ao longo de séculos, às instrução de um dos seus ancestrais-fundadores. A moral desse ensino prático não é o vinho, nem a escolha por um tipo de comunidade à parte. O ensinamento-chave aqui é a fidelidade aos compromissos assumidos.
2. Peregrinações. Os recabitas deveriam continuar sendo nômades, como surgiram, como nos primórdios. Mesmo adaptados à vida urbana, deviam conservar os valores da vida simples do campo. Quando Nabucodonosor invadiu a terra de Judá, eles se refugiaram em Jerusalém.
3.Honravam a tradição de seus antepassados. A mensagem dos recabitas, no seu comportamento elogiado por Deus, é clara: não desistamos de nossos compromissos. Jonadabe é um exemplo de pai. Ele deixou uma instrução. Certamente, não falou apenas uma vez, mas ensinou com palavras e com atos de compromisso – a palavra convence, o exemplo arrasta! Com uma intensidade tal que marcou seus filhos, netos e bisnetos: “Assim, ouvimos e fizemos conforme tudo quanto nos mandou Jonadabe, nosso pai”(Jr 35.10). Eles se houveram com denodo e zelo em relação às tradições dos ancestrais. Este é sem dúvida o nosso ‘calcanhar de Aquiles’, temos nos esquecido das tradições que nos foram transmitidas, tradições práticas e doutrinárias definitivas (Rm 6.17; 1Co 11.2,23; 15.3; 2Tm 1.13). O conjunto doutrinário Assembleiano é constituído de crenças estabelecidas e praticas que formam o esboço da ortodoxia apostólica herdadas das Igrejas Batistas dos Estados Unidos, denominação a qual pertenciam os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren e que recebeu-os e amparou-os no Brasil – ainda que tenham sido desligados em18 de junho de 1911, juntamente com o grupo de irmãos que creram na doutrina pentecostal. – bem como metodistas e batistas de Estocolmo, a capital sueca. Percebo que, de modo sorrateiro, costumes, tradições avessas às nossas e paradigmas completamente descontextualizados biblicamente, Têm entrado em algumas igrejas, propositalmente ou não. O fato é que isso tem descaracterizado as Igrejas Assembléia de Deus. Isso é fruto de um apego à números, à grandeza e opulência, bem como uma grande parcela de crentes que se apegam de tal forma à certas crendices heréticas e preferem formar convenções paralelas, a voltar ao tradicionalismo que marcou nossa denominação. Temos substituído nossa liturgia e inserido novas crenças extravagantes e desnecessárias. Que tradições são essas? Usos e costumes, liturgia (orações por exigências; cânticos congregacionais por musica gospel; testemunhos e exposição bíblica por discursos de auto-ajuda), pureza doutrinária, tradições que têm como alvo a pureza do corpo de Cristo e a integridade moral dos filhos de Deus: “Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa” (2 Ts 2.15). Os recabitas honravam a tradição de seus antepassados, ao contrário dos judeus, que já haviam se esquecido da Lei de Moisés SINOPSE DO TÓPICO (2) Tradições ‘folclóricas’ como proibições ao uso da televisão e do rádio, tendem a desaparecer do cenário assembleiano, não é sobre isso que questiono, não é sobre aquelas posições radicais do passado as quais estão sendo substituídas pelo respeito à liberdade de seus membros usufruírem dos benefícios que a tecnologia põe à disposição da sociedade contemporânea.
III. O EXEMPLO DOS RECABITAS
Com Jerusalém prestes a ser sitiada os recabitas ficaram desconfiados pela convocação de Jeremias. Eles vão ao encontro de Jeremias e recebem a ordem: “Bebam vinho!”. Talvez fosse bom aceitar a proposta e assim, agradar o profeta, assim como muitas vezes fazemos hoje: “Fazer uma média com o profeta e ficar de boa com ele”. Porém, não sucumbiram e mantiveram a fidelidade através de uma forte temperança. Foram fiéis a ordem do seu patriarca, mesmo que isso lhes causasse algum problema. Deus usou este exemplo para mostrar que eles eram fiéis ao seu patriarca, a ordem recebida e que Judá não era capaz de ser fiel aos estatutos de Deus. Os recabitas são um exemplo para todos nós. Estavam unificados e firmes nas suas convicções. Tinham coragem de dizer não em respeito ao seu compromisso. Deus procura crentes recabitas! fiéis a aliança firmada com ele, de ser uma nova criatura e não ter as atitudes do velho homem somente para agradar aos outros. Devemos agradar a Deus sempre em primeiro lugar em nossas vidas. Em um momento de apostasia, os recabitas tornaram-se um singular exemplo de moderação, prudência e fidelidade a todo o povo de Deus.SINOPSE DO TÓPICO (3)
(III. CONCLUSÃO)
A união de temperança e fidelidade é próspera e abençoada. O exemplo dos recabitas, grupo sobre o qual estudamos hoje, merece consideração e é digno de ser seguido. Havia uma ordem a ser cumprida! Os profetas enviados por Deus haviam anunciado ao povo de Israel que cada um deveria converter-se de sua má conduta, corrigir suas ações e deixar de seguir outros deuses (v 15). Mas o povo não obedeceu às palavras dos mensageiros do Senhor. Havia, porém, um grupo que obedecia às leis: os recabitas, uma comunidade religiosa que tinha um modo simples de viver e evitava o luxo e a perversidade. Carecemos aprender a fidelidade e temperança como os recabitas. Em cada momento de nossa vida temos oportunidades diante de nós para obedecer a Deus e proclamar seu nome; ou podemos usá-las para a desobediência e infidelidade.

APLICAÇÃO PESSOAL
No mito de Ícaro, da mitologia grega, Dédalo confecciona dois pares de asas – um para si e outro para Ícaro, seu filho – feitas de penas e cera para que possam fugir do labirinto onde foram aprisionados. Ícaro fora advertido por seu pai para não voar tão rente ao sol, pois o calor derreteria a cera, nem tão rente ao mar, pois a umidade deixaria as asas mais pesadas levando-o a cair no mar. O filho, no entanto, possivelmente inebriado pelas novas potencialidades fornecidas pelo seu novo aparato se aproximou demais do sol ocasionando o derretimento da cera e sua queda no mar. Analogamente, este mito tem muito a nos dizer a respeito de novas situações encontradas hoje, de um modo geral, na igreja, particularmente relacionadas à visões e revelações, experiências do campo das manifestações espirituais que não se constituem em doutrinas, mas são possíveis à vida do crente. Temos sido bombardeados por novas unções, revelações, atos proféticos, batalha espiritual, teologia das $emente$ e tantas outras coisas, que como Ícaro, corremos o risco de voarmos perto demais desses modismos e despencarmos... Estudamos na última lição sobre o valor da Esperança, que juntamente com a fé e o amor, formam as virtudes teologais, e como ela – a esperança - nos torna capazes de conhecer e amar a Deus. A Bíblia relaciona outras virtudes, algumas que não são voltadas diretamente para Deus, mas sim para o nosso comportamento, nossa atitude, nossas ações; virtudes que nos ajudam a bem agir, a fugir do pecado, a vencer as tentações. Hoje, estudaremos sobre o valor da temperança, uma dessas virtudes que nos ajuda a refrear os apetites desordenados da alma humana e nos ajuda a não voarmos inebriados pelas novas visões. Pedro nos dá uma lista de virtudes que, se postas em prática, nos fará frutificar no conhecimento de Deus (2Pe 1.5-7); uma vida cristã produtiva e eficaz só é possível após a transformação do caráter, pela santificação. A história do encontro de Jeremias com os recabitas termina com uma promessa divina de grande inspiração: Por isso, assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: 'Jamais faltará a Jonadabe, filho de Recabe, um descendente que me sirva (Jr 35.19). A promessa a Jonadabe se serviu da aspiração de maior valor na cultura hebraica: um descendente decente. Na linguagem do Novo Testamento, é receber de Jesus aquele maravilhoso conjunto de palavras: “Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!” (Mt 25.21). Incomoda-me vez ou outra uma pergunta: Se Cristo voltar agora, Ele me levará? Esse questionamento deveria acontecer diariamente em minha vida, não de vez em quando. Penso que esta pergunta nos anda faltando. Às vezes penso estar muito “convencido” de minha salvação, que me esqueço de ‘operá-la com temor e tremor’. Na verdade, a maioria de nós vive como se Jesus não fosse voltar nunca. Talvez pudéssemos mudar um pouco a pergunta: quando Jesus voltar, ou quando eu for ao seu encontro, Ele me encontrará fiel? (1Co 4.2). Eu quero ser salvo com todas as honras, não como que pelo fogo (1Co 3.15). Anseio ardorosamente, que ao final da vida, quando recapitular as ordens que recebi do Senhor e obedeci, eu possa exclamar como o apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda” (2Tm 4.7,8). Esse pequeno povo adotado pelos judeus, foram exemplo para Jeremias e continuam sendoum exemplo para todos nós. Nesses dias conturbados de fé misturada, precisamos nos espelhar nesse belo exemplo de fidelidade e domínio próprio; eles estavam unificados e firmes nas suas convicções, foram corajosos em dizer não ao profeta Jeremias em respeito ao seu compromisso com as tradições herdadas. Deus ainda hoje procura crentes como esses recabitas; homens e mulheres fiéis, de mente renovada, verdadeiramente novas criaturas, homens e mulheres que se alegram mais em agradar a Deus do que aos homens. Em uma época de apostasia, os recabitas tornaram-se um singular exemplo de temperança e fidelidade a todo o povo de Deus. Que possamos ser, a exemplo dos Recabitas:
- Exemplos de zelo;
- Perseverantes no que fomos ensinados;
- Fiéis até o fim da vida.
N’Ele,
Francisco A Barbosa
auxilioaomestre@bol.com.br
BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD;
- Bíblia de Estudo de Genebra, ECC/SBB;
- Bíblia de Jerusalém, Nova edição Revista e Ampliada, Paulus, 2006;
- Blog Dicionário do Movimento Pentecostal (http://dicionariomovimentopentecostal.blogspot.com/2009/08/dicionario-na-igreja-filadelfia-de.html);
- Imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiE8r8vbIFsoNMzwMcLYu4_U-A5LFGUzdKkrEnxzegq3Bz2r-eIjkHpaJtyvouw9u7D9tjTTjv6gA5CdKq3oV9doN5Q4el5qkccyz7O06jjjU9_l3a-U56E6BdJZuWK-blLlY2AEDGHHwgL/s320/equilibrio.jpg
EXERCÍCIOS
RESPONDA
1. Quem eram os recabitas?
R. Eram nômades, mas foram aparentando-se com os queneus e com os descendentes de Jetro, sogro de Moisés, até se constituírem num expressivo e piedoso clã.
2. Como se associaram a Israel?
R. Jonadabe, um de seus patriarcas, foi convidado pelo rei Jeú a extirpar os profetas de Baal do Reino de Norte.
3. Como era seu estilo de vida?
R. Viviam como os primeiros patriarcas hebreus (Hb 11.13); não consumiam bebidas alcoólicas, não construíam casas, não tocavam lavoura e não faziam qualquer outra coisa que os fixasse a terra.
4. Por que não edificavam casas nem plantavam vinhas?
R. A fim de não se conformarem com as culturas pagãs, como havia acontecido com os reinos de Israel e Judá.
5. O que podemos aprender com eles?
R. Que devemos permanecer fiéis ao Senhor, não nos contaminando com o ambiente social.
BOA AULA!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Marina Silva afirma: "O mesmo Deus que me ama, ama Dima, ama Serra"


Durante o culto de domingo (30/05/2010) da Assembleia de Deus em Mogi-Guaçu , a pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva pediu aos participantes que não "satanizem" os adversários nas eleições. "O mesmo Deus que me ama, ama Dilma, ama Serra e ama Plinio (de Arruda Sampaio, do PSOL)", disse.

Marina, chegou pouco antes das 9 horas e foi homenageada em ato com pastores que representavam cerca de 20 municípios. Ela ouviu a pregação e depois ocupou o púlpito por 40 minutos.
Quando afirmou que a fé lhe ajudou a restabelecer a saúde, as 300 pessoas no templo, incluindo o prefeito Paulo Eduardo de Barros (PV), repetiram "glória" e "aleluia". Ela abriu a Bíblia e leu passagens dos profetas Jeremias e Isaías. "Marina está em uma luta difícil", disse o pastor Gesse Ribeiro. "O Brasil e nós temos orgulho da senhora e ainda iremos ter muito mais."
Questionada se temia ser apontada por usar o púlpito como palanque, Marina negou. "Não temo por questões de princípios, a minha fé é publica, todos me conhecem. Nós somos um estado laico e isso é muito positivo tanto para quem crê como para quem não crê, ou é evangélico, como para espírita, como para católico ou qualquer pessoa."
Fonte: Estadão

quarta-feira, 26 de maio de 2010

É PRECISO SAIR DO TEMPLO


Queridos irmãos e amigos

A Paz do Senhor Jesus

No último sábado, dia 22 de maio de 2010, estivemos na Praça Prado Filho em Cachoeira Paulista, realizando um culto de evangelismo, dando início ao Projeto" Nova Geração Ganhando Almas".O evento foi marcado pela presença de vários jovens que compõem o Grupo de Jovens "Nova Geração",além de obreiros, irmãos e irmãs da Assembleia de Deus de Cachoeira Paulista.

Foi um momento maravilhoso. Além dos louvores, a Palavra de Deus foi pregada e quatro pessoas aceitaram a Cristo como Senhor e Salvador.

Fiquei pensando a respeito da necessidade da igreja sair mais vezes de seu "território", sua zona de conforto e estar onde os mais carentes da mensagem divina estão.

Nós temos nos acostumado, nestes últimos tempos, ao conforto que nossos templos nos proporcionam. Daí, a dificuldade que encontramos cada vez que somos desafiados a sair pelas ruas e praças em busca daqueles que estão vivendo sem Deus e sem esperança.

A Igreja de Deus, não pode jamais desviar-se de sua maior tarefa na Terra que é pregar o Evangelho à toda criatura.Para cumprimos nossa missão, precisamos de coragem, determinação, atitude, e acima de tudo, precisamos ser movidos pelo sentimento de íntima compaixão pelas almas que perecem no pecado.Muitos de nós,já não nos incomodamos com as necessidades dos outros.Achamos que que eles, os outros, têm o dever de virem até a igreja, para que possam ser alcançados pela mensagem de salvação.Isto não está em harmonia com a ordem do Mestre - "IDE".

Que Deus nos desperte. O que ganha almas sábio é.

Em Cristo,

Pr Rubens

quinta-feira, 20 de maio de 2010

O PODER DA VERDADEIRA PROFECIA


TEXTO ÁUREO
"À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva (ou: não haverá manhã para eles)" (Is 8.20).
– Isaías faz um convite para que os homens provem todas as coisas por meio da Palavra revelada de Deus. Qualquer coisa contrária à revelação escrita de Deus provém dos demônios, e não do Espírito Santo. A Palavra escrita de Deus é a verdadeira luz e aqueles que desejam a luz e a verdade irão segui-la e rejeitar todas as coisas contrárias a ela. Eis o convite aos profetas da atualidade!
VERDADE PRÁTICA
Os dons espirituais não se destinam à autopromoção; são concedidos por Deus à Igreja, visando a edificação dos santos e a divulgação sobrenatural do Evangelho de Cristo.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Jeremias
28.5-12,16,17
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Compreender qual é a função e a relevância do profeta de acordo com as Escrituras;
- Saber que os falsos profetas sempre vão se opor aos profetas do Senhor, e
- Conscientizar-se de que, nos últimos dias, aparecerão muitos falsos profetas que, se possível, enganarão até os escolhidos.
PALAVRA CHAVE
Profeta
Pessoa devidamente vocacionada e autorizada por Deus para falar por Ele e em lugar de dEle.
COMENTÁRIO
(I. INTRODUÇÃO)
Nesta lição, estudaremos a respeito da luta de Jeremias contra os falsos profetas,em especial Hananias. Os pseudoprofetas trabalhavam em benefício próprio. Tinham uma boa posição financeira, política e social e entregavam mensagens falsas, levando o povo de Deus a tropeçar. Eles eram bem populares, pois proclamavam somente o que as pessoas queriam ouvir. Aqueles que deveriam falar em nome de Deus, infelizmente, haviam se tornado um obstáculo para que o povo abandonasse o erro.“”...nada há que seja novo debaixo do sol” (Ec 1.9). Já na época de Jeremias havia profetas pouco sóbrios, irrealistas e falsos, que desencaminhavam o povo com profecias enganosas. Mesmo quando as nuvens da tempestade do juízo se ajuntavam mais densas do que nunca sobre Jerusalém, eles acalmavam o povo. Suas declarações eram muito positivas e soavam edificantes, até mesmo encorajadoras aos ouvidos das pessoas. Eles prometiam muito, inclusive a vitória. Em comparação, os ouvintes recebiam as mensagens de Jeremias como destrutivas, austeras e deprimentes, e só percebiam nelas a perspectiva do juízo. Tratava-se da justiça de Deus e da injustiça do povo, da sua falta de arrependimento e conversão. Como Jeremias deve ter se sentido diante deles?"Temos tido tanto medo de desprezar as profecias que nos esquecemos de julgá-las.." John Bevere REFLEXÃO
(II. DESENVOLVIMENTO)
I. O QUE É O PROFETA
1. Definição. O termo hebraico nãbi representa profeta, quer verdadeiro ou falso (Dt 13.1-5). Há ainda, no hebraico, dois outros termos para profeta: rõ’eh e hõzeh, ambos significando vidente. No grego, “prophetes”, significa “aquele que fala antecipadamente ou abertamente”, é uma denominação que se dá ao fenômeno pelo qual em algumas religiões, a revelação de uma divindade ou de seus ensinamentos quanto ao passado, presente ou futuro, é atribuída à palavra falada ou escrita de um ou mais indivíduos tidos como “profetas”, “iluminados” ou “inspirados”. Profeta é quem, inspirado pela divindade ou convencido de estar possuído por uma entidade espiritual superior, fala em nome da mesma e transmite sua mensagem. Assim, a figura do profeta perde seu significado essencial quando é reduzida ao poder de predizer o futuro, o que não constitui mais do que um elemento acessório de sua missão. Desde suas origens, a autoridade do profeta adquire teor ao mesmo tempo religioso, político e moral.
2. A função do profeta. Os verdadeiros profetas eram porta-vozes de YAWEH. Muito mais do que predizer as coisas, a função precípua do profeta consistia em convocar o povo ao arrependimento. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é mensageiro do SENHOR dos Exércitos.” (Ml 2.7-ARA). “apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem” (Tt 1.9–ARA). Julgamos ser a mesma função hoje outorgada aos pastores, sendo assim, não é seu papel entreter ninguém, não é criar programações para segurar os jovens na Igreja. É sua função “ficar na brecha”! O Dicionário VINE assim explica a função do profeta: “[...]Então, disse o SENHOR a Moisés: Vê que te constituí como Deus sobre Faraó, e Arão, teu irmão, será teu profeta.” (Ex 7.1-ARA). O plano de fundo desta declaração é Ex 4.10-16, onde Moisés discutiu a sua inabilidade de falar com clareza. Por conseguinte, ele não poderia comparecer diante de Faraó como porta-voz de Deus. Deus prometeu designar Arão para ser o locutor: “Ele falará por ti ao povo; ele te será por boca, e tu lhe serás por Deus” (Ex 4.16-ARA)... Está claro que a palavra ‘profeta’ é igual àquele que fala por outra pessoa ou é a sua boca”(Dicionário VINE, CPAD 2002, pág 248). "[...] Em Deuteronômio 18 fica claro que o profeta é sempre chamado por Deus (v.18), tem a autoridade de Deus (v.19) e o que ele diz será provado verdadeiro (v.22). O profeta era então conhecido como servo de Deus (2 Rs 17.13,23; Jr 7.25). O profeta sempre defendia os padrões de Deus e chamava o povo para Ele (Dt 13), era isso que distinguia o profeta verdadeiro do falso (por exemplo, 1 Rs 13.18-22; Jr 28). Os profetas não eram simplesmente indivíduos perceptivos no sentido político ou social. Eram pessoas que, pela revelação de Deus, tinham conhecimento da importância dos eventos e das necessidades do povo comum. Em seu trabalho eles falavam de acontecimentos futuros, de modo a advertir sobre as conseqüências dos atos presentes (ver Am 1.2), e no geral falavam contra a sociedade em que viviam. [...] Havia muito mais profetas do que aqueles que conhecemos pelas profecias registradas ou eventos históricos" (GOWER, Ralph Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. Rio de Janeiro, CPAD, 2002, pp.367-369).
3. A prova de autenticidade do profeta. “levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos” (MT 24.11-ARA); “O profeta que profetizar paz, só ao cumprir-se a sua palavra, será conhecido como profeta, de fato, enviado do SENHOR” (Jr 28.9-ARA).Temos de julgar as profecias e discernir os espíritos (1Co 12.20; 14.29; 1Jo 4.1). É função do profeta proclamar os oráculos de Deus, a fim de conduzir o povo à obediência das leis de Deus. SINOPSE DO TÓPICO (1)
II. O FALSO PROFETA HANANIAS ENTRA EM CENA
1. Quem era Hananias. A única coisa que se sabe é que era ele filho de Azur. Ele era do tipo que impressionava. Falava como profeta, tinha discurso de profeta e como profeta, vestia-se. Aliás, era mais dramático que os profetas de Deus. Além disso, só falava o que o povo queria ouvir. Vinha ele pregando a paz e determinando a prosperidade. Positivamente, tudo confirmava.
2. As palavras de Hananias. Naqueles dias, o poderoso rei da Babilônia tinha levado muitos cidadãos do povo de Deus cativos para a Babilônia. Em suas pregações, o profeta Jeremias tinha deixado bem claro que isso aconteceu em decorrência dos pecados do povo de Deus. Eles pecaram tanto, que o próprio YAWEH entregou uma parte de seu povo para ser levada cativa para um país distante. Outra parte ficava para trás, em Judá. Então, a nação estava dividida: uma parte da população foi deportada, e outra parte ficou para trás. Era uma época de grandes tensões e incertezas. O país estava quebrado, arruinado. A economia estava parada. Naquela situação tão lamentável, Jeremias pregou a Palavra de YAWEH, e anunciou que o povo de Israel, como também os povos vizinhos (que tentavam fazer uma aliança contra o rei da Babilônia), ficariam debaixo do jugo do rei da Babilônia. Ou seja, Jeremias deixou bem claro que, por enquanto, nada mudaria. Esta pregação que Jeremias fez, em nome de YAWEH, deixou o povo como também os líderes espirituais do povo revoltados! Jeremias teve a ousadia de pregar uma mensagem ruim numa época ruim. Ele falou em pecado e castigo, como se a miséria enfrentada pelo povo não fosse suficiente. Todo o mundo ficou irritado com Jeremias. Todo o povo se ajuntou contra ele (Jr 26.9). Os líderes espirituais até queriam tirar-lhe a vida (Jr 26.16). Neste contexto, o falso profeta Hananias apresentava uma “mensagem maravilhosa” e tinha a ousadia, e até mesmo a insolência, de proclamá-la abertamente: “No mesmo ano, no princípio do reinado de Zedequias, rei de Judá, isto é, no ano quarto, no quinto mês, Hananias, filho de Azur e profeta de Gibeão, me falou na Casa do Senhor, na presença dos sacerdotes e de todo o povo, dizendo: Assim fala o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, dizendo: Quebrei o jugo do rei da Babilônia. Dentro de dois anos, eu tornarei a trazer a este lugar todos os utensílios da Casa do Senhor, que daqui tomou Nabucodonosor, rei da Babilônia, levando-os para a Babilônia. Também a Jeconias, filho de Jeoaquim, rei de Judá, e a todos os exilados de Judá, que entraram na Babilônia, eu tornarei a trazer a este lugar, diz o Senhor; porque quebrei o jugo do rei da Babilônia” (Jr 28.1-4). A isso Jeremias respondeu: “Disse, pois, Jeremias, o profeta: Amém! Assim faça o Senhor; confirme o Senhor as tuas palavras, com que profetizaste, e torne ele a trazer da Babilônia a este lugar os utensílios da Casa do Senhor e todos os exilados. (...) O profeta que profetizar paz, só ao cumprir-se a sua palavra, será conhecido como profeta, de fato, enviado do Senhor” (vv. 6,9). Hananias não ficou nem um pouco impressionado, mas fez o seguinte: “Então, o profeta Hananias tomou os canzis do pescoço de Jeremias, o profeta, e os quebrou; e falou na presença de todo o povo: Assim diz o Senhor: Deste modo, dentro de dois anos, quebrarei o jugo de Nabucodonosor, rei da Babilônia, de sobre o pescoço de todas as nações. E Jeremias, o profeta, se foi, tomando o seu caminho” (vv. 10-11). Para Jeremias a única opção era o afastamento. Mas o Senhor orientou-o para que voltasse até Hananias e lhe dissesse, entre outras coisas: “... O Senhor não te enviou, mas tu fizeste que este povo confiasseem mentiras. Pelo que assim diz o Senhor: Eis que te lançarei de sobre a face da terra; morrerás este ano, porque pregaste rebeldia contra o Senhor. Morreu, pois, o profeta Hananias, no mesmo ano...” (vv. 15-17). Todas as profecias mentirosas de Hananias foram soterradas pela areia da fantasia, pois Jerusalém foi definitivamente conquistada e todos os utensílios foram retirados do templo.
3. O castigo de Hananias. Por sua pregação e atos, Hananias colocou-se como inimigo pessoal de Jeremias e, portanto, de Deus. Ele foi rebelde e ensinou os outros a se rebelarem. Deus, então, separou-o para um julgamento especial e condenou-o à morte iminente. Hananias morreu naquele mesmo ano, e as invasões babilônicas assolariam Jerusalém. O juízo de Deus virá sobre os profetas que, sem temor nem tremor, brincam com o nome de Deus, zombando-lhe da santidade. SINOPSE DO TÓPICO (2)
III. CUIDADO COM OS FALSOS PROFETAS
"Acautelai-vos", exortou-nos Jesus. Este imperativo é um alerta para o crente prestar atenção, cuidar-se, guardar-se, acautelar-se. Temos assistido um constante desvirtuamento do conteúdo doutrinário da pregação. Há um frenesi por ‘revelações’, ‘profecias’, ‘unções especiais’, ‘oração no monte’, ‘poder’, ‘cair no espírito’, etc. Nosso povo já não sabe distinguir misticismo herético de verdadeira espiritualidade.Encontramos no livro de Jeremias um retrato dos falsos profetas, que se alastravam como uma praga em Israel. O mesmo retrato também pode ser aplicado aos falsos mestres da atualidade, os quais têm sido levantados para enganar a Igreja. Precisamos tomar cuidado, pois nem sempre é fácil identificá-los. Venda de potes com água do Rio Jordão, onde Jesus foi batizado; pedras que seriam do Templo onde Jesus pregava; areia de Jerusalém, onde o Mestre caminhava; azeites de Israel; toalhinhas ungidas; rosas, sal grosso, fogueiras santas; correntes; quebra de maldições; sessão do descarrego... No que têm transformado a igreja pentecostal? Jeremias falava a verdade, porém era impopular. Hananias falava mentiras, mas produzia falsas esperanças e conforto para o povo. Com mensagens de auto-ajuda, bem-estar e riqueza, falam apenas o que as pessoas querem ouvir, mesmo quando não estão em perfeita comunhão com o Senhor. Alerta-nos o Senhor Jesus que, nos últimos dias, aparecerão muitos falsos profetas que, se possível, enganarão até mesmos os escolhidos (Mt 24.11).
1. A procedência do profeta. De onde vem o pregador, o avivalista, o conferencista e o profeta? É ligado a alguma igreja, pastor? Preparando este comentário, descobri um site que se parece mais com uma ‘central de pregadores’ que oferece uma “ferramenta poderosa do Senhor para abençoar igrejas e crentes, organizados em ‘pregadores’ homens, mulheres e mirins!” Onde é que isto vai parar?
2. A qualidade da mensagem. Vitória, vitória, vitória... é a mensagem do momento! Esqueceram que a Bíblia tem assuntos como Trindade, regeneração, justificação pela fé, fruto do Espírito, mordomia cristã, sofrimentos dos justos, vida devocional, dons espirituais, vinda de Cristo, ressurreição dos santos e de Cristo, etc. A mensagem dos profetas normalmente continha advertências aos que colocavam sua confiança em outras coisas e não em Deus, tais como na sabedoria humana (Jr 8: 8, 9; 9: 23, 24); na riqueza (Jr 8: 10); na autoconfiança (Os 10: 12,13); no poder opressor; em outros deuses. Constantemente o profeta desafiava a falsa santidade do povo judeu e tentava desesperadamente encorajar sincera obediência à Lei. A igreja tem que ser aquela estalagem no deserto, lugar de descanso, não por vanglória, cobiça ou coisa parecida, mas simplesmente por amor. Sem amor, as pessoas se corrompem, sem amor, líderes enriquecem no poder. É ilícito um pastor/pregador/evangelista enriquecer com a pregação do evangelho, porque o evangelho ensina exatamente a renúncia, inclusive material. O reino de Deus não coaduna riquezas materiais com ministério pastoral. O pastor deve ser conhecido e reconhecido pela sua simplicidade de vida, pelo amor ao próximo, por sua paixão em anunciar o evangelho, e não pelo tamanho de sua igreja, pelo tamanho da platéia, pelos anéis, títulos, fama ou pela quantidade de letras que aparecem antes do seu nome. O pastor que ensina qualquer forma de prosperidade financeira e material como sinônimo de benção não passa de lobo e sua mensagem é mentirosa. Nossa igreja ainda tem líderes parecidos com Cristo, que têm a mente de Cristo e que anseiam em levar as ovelhas que o Pai lhes confiou aos pastos verdejantes e às fontes de água viva.
3. A pretensão do profeta. À semelhança de Hananias, profeta da prosperidade, certos pregadores apregoam a teologia da prosperidade enquanto o Espírito Santo procura convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). Este câncer é milenar. O ‘profeta chorão’ argumentou, intercedeu, teologou, tudo para convencer os reis e o povo de Israel do perigo que estava para acontecer. Enquanto isso, o profeta da prosperidade Hananias, no mesmo lugar e para o mesmo público ávido por uma mensagem de ‘poder e unção’, profetizava “prosperidade” (Jr 28.9, NVI), ou “paz” (NTLH e ARA), ou “felicidade” (Bíblia de Jerusalém). Hananias recorre à demagogia, procurando dizer o que os ouvintes ‘queriam’ ouvir e não aquilo que ‘precisavam’ ouvir.Precisamos julgar as profecias e discernir os espíritos, a fim de não sermos enganados pelos falsos profetas. SINOPSE DO TÓPICO (3)

(III. CONCLUSÃO)
Jeremias não é o único profeta impopular da história de Israel. Todo verdadeiro profeta, por uma questão de compromisso, quase sempre diz o que não agrada. Mas sempre diz a verdade! Existem falsos profetas, bem como profetas verdadeiros, precisamos distinguir entre eles. Não é por milagres e curas, o adversário também pode realizar milagres. A questão é: qual é a fonte da inspiração do profeta. Devemos confrontar a profecia com os princípios bíblicos, se houver divergência, a profecia é falsa. “Conheçamos, {e} prossigamos em conhecer ao Senhor: como a alva será a sua saída: e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.” (Os 6.3-ARC).
APLICAÇÃO PESSOAL
Os profetas eram homens totalmente dedicados a Deus. Detestavam o meio compromisso, a entrega parcial a Deus. A fidelidade ao Senhor deveria ser total. Isso implicava em esforçar-se para levar o povo a uma completa submissão a Deus. Os profetas não aceitavam uma sociedade injusta, mas lutavam pela manutenção dos princípios do pacto do Sinai e por eles davam a vida. Condenavam especialmente a opressão social, ou seja, não admitiam que os mais ricos explorassem os que nada tinham (Am 4.1). Também pregavam contra a bajulação aos abastados, usada para conseguir qualquer favor (Am 6.1). Por esses posicionamentos, vemos que o povo de Deus tinha e tem de ser comprometido com o seu Deus e não com o homem. A mensagem profética é muito atual; O que poderia parecer mero descuido da Lei para o homem comum, era visto como um horrendo desastre pelo profeta, tal sua sensibilidade diante do pecado (Jr 2.12, 13, 19). O profeta não somente ouvia a voz de Deus como sentia seu coração (Jr 6.11; 20.9). Tal sentimento era conseqüência de um estreito relacionamento com Deus (Am 3.7); assim, compreendia melhor do que ninguém os propósitos de Deus para o povo com quem tinha um pacto. Eram pessoas que, pela revelação de Deus, tinham conhecimento da importância dos eventos e das necessidades do povo comum. Em seu trabalho eles falavam de acontecimentos futuros, de modo a advertir sobre as conseqüências dos atos presentes (ver Am 1.2), e no geral falavam contra a sociedade em que viviam. Os pseudoprofetas trabalhavam em benefício próprio. Tinham uma boa posição financeira, política e social e entregavam mensagens falsas, levando o povo de Deus a tropeçar. Eles eram bem populares, pois proclamavam somente o que as pessoas queriam ouvir. Aqueles que deveriam falar em nome de Deus, infelizmente, haviam se tornado um obstáculo para que o povo abandonasse o erro.“”...Nada há que seja novo debaixo do sol” (Ec 1.9). Homens de Deus sempre foram usados, no decorrer da história do Cristianismo, para renovar e avivar a obra do Senhor. O movimento pentecostal da Rua Azuza, foi um marco no mundo espiritual das igrejas e continua a avivar a Igreja ainda hoje. Não esqueçamos de que Deus é o mesmo de ontem, hoje e anseia derramar mais do Seu Espírito sobre todos os seus filhos.
Nele,
Francisco A Barbosa
auxilioaomestre@bol.com.br
BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- GOWER, Ralph Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. Rio de Janeiro, CPAD, 2002, pp.367-369;
- Dicionário VINE, CPAD 2002, pág 248;
- A década em que a pregação expositiva começou a desaparecer dos púlpitos da Assembleia de Deus
http://cirozibordi.blogspot.com/2010/04/1991-2000-decada-em-que-pregacao.html
- Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD;
- Bíblia de Estudo de Genebra, SBB;
- Imagem: William Seymour, líder do movimento Pentecostal da Azuza Street, LA, EUA
http://2.bp.blogspot.com/_wz8L70_46AQ/SkO_NkMyGbI/AAAAAAAAASc/gXgc3WnB394/s400/O+pentecostalismo+bíblico+e+os+falsos+'pentecostalismos'.jpg
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, Nº 42, P.39.
EXERCÍCIOS
RESPONDA
1. O que é o profeta?
R. Profeta, segundo a Bíblia, é o homem que fala por Deus; é o porta-voz do Eterno.
2. Qual a função do profeta?
R. Proclamar os oráculos de Deus.
3. Como o profeta era julgado no Antigo Testamento?
R. A palavra do profeta tinha de se cumprir, para que ele fosse considerado um autêntico profeta. A palavra do profeta não poderia ser contrária às leis do Senhor. .
4. Quem era Hananias?
R. Hananias era filho de Azur, seu nome, em hebraico, significa o Senhor tem sido misericordioso.
5. Como devemos agir em relação às profecias?
R. Devemos estar alertas e julgar as profecias de acordo com a Bíblia Sagrada - nossa única regra de fé e conduta.
BOA AULA!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

A ORAÇÃO DO VELHO PASTOR



Havia apenas vagos rumores lá fora, quando o pastor entrou no seu quarto, após o culto. Olhou-se demoradamente no espelho. Viu que a sua indumentária de ministro não mais lhe causava impressão prazerosa. Olhou mais uma vez para o espelho e chocou-se ao notar as inúmeras rugas que o tempo imprimira em seu rosto, antes jovem, e agora débil, sem brilho e encarquilhado. A velhice chegara com todas as suas marcas indeléveis. Quis então esboçar um sorriso, mas nada conseguiu.Absorto, mergulhou agora no escuro e pequeno mundo de sua meninice. A frase dita e predita por sua mãe reverberava com força nas cordas de seu coração: “Um dia Deus vai lhe usar para mudar o mundo!”. Na verdade, o que a sua velha mãe, hoje falecida, se referia, era o mundo do seu pequeno vilarejo, do qual nunca saíra em toda a sua vida. Ele parecia, agora, estar vendo a alegria estampada na face de sua genitora, quando dizia para suas amigas: “Esse menino vai longe!”.Aos vinte e quatro anos foi consagrado pastor, e por dez anos a tônica de suas orações era essa: “Meu Deus, ajuda-me a mudar esse mundo tão mau e corrupto!”A roda do tempo girou, girou por mais dez anos, e o mundo apesar das reformas e revoluções, permanecia perverso, não dando sinal de mudança. E o que deixava o pastor mais transtornado, era o fato de ver que a sua própria família não queria assimilar o bem que ele tanto apregoava. Foi por esse tempo que a sua fé começou a fraquejar, à medida que a sua impaciência crescia.Uma noite se surpreendeu orando assim: “Meu Deus ajuda-me a mudar a minha esposa e os meus filhos!” Ele pedia a Deus como se fosse a última cartada, como se dissesse: “Senhor, muda pelo menos a minha família, já que o mundo continua o mesmo!”.Já beirando os setenta anos de idade, encontrava-se o velho pastor em seu leito, olhando pela janela aberta, o céu límpido e estrelado. Ele via que cada estrela tinha o seu brilho peculiar, e que não conseguia ver uma estrela igual a outra em luminosidade. Nessa noite ele ouvia, vindo de longe, uma música suave, tirada das teclas de um dolente piano. Quando o mais duro fardo do seu íntimo parecia querer romper em prantos, eis que surgiu dentro de si uma centelha de esperança. Foi aí então, que dos recessos de sua alma brotou tremulante como as estrelas do céu, essa oração: “Meu Deus ajuda-me a mudar-me!”.Após essa oração, o velho pastor, conseguiu enfim sorrir. Mesmo sentindo apertar o círculo conclusivo da vida, ele estava ali, desta feita, absolutamente tranqüilo. Após essa oração dizia de si para si: “chega de querer mudar o mundo, meu Deus. Mesmo que as dores venham me assaltar, mesmo que não haja músicas para me consolar, e ao contrário dessa belíssima noite, vierem negras nuvens, eu não cessarei de rezar essa prece por toda a minha vida”.Durante muitos anos o pastor tinha lutado como um gigante para mudar o mundo, mas finalmente, mesmo velho e desfigurado, mesmo sem ninguém por perto para elogiá-lo e cobri-lo de louros, tivera o privilégio de alcançar a graça para ver mundo com outros olhos. Fora enfim curado de uma miopia espiritual, que à distância, o fazia enxergar as pessoas tão feias e deformadas.“A lâmpada do corpo são os olhos. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luz” (Mateus 6: 22)

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O CUIDADO COM AS OVELHAS


Objetivo: Alertar os obreiros para o cuidado em relação às ovelhas de Cristo, o Bom Pastor, a fim de não serem envergonhados quando se apresentarem perante Ele.INTRODUÇÃOO pastorado moderno se transformou numa profissão. A maioria dos pastores atuais perdeu o senso de vocação. A lição de hoje visa corrigir esse equívoco, e mostrar que, já no tempo de Jeremias, existiam pastores que não apascentavam o rebanho. Em seguida, destacaremos algumas instruções às quais os pastores do Senhor devam atentar na condução das ovelhas. Ao final, apontaremos para Jesus, o Exemplo Maior de um Bom Pastor.1. PASTORES QUE NÃO APASCENTAMNo Antigo Testamento, era o ra’ah, cujo sentido primário é o de “alimentar”, “dar pastagem”. Os pastores são os líderes de modo geral (I Rs. 22.17; Ez. 34.5; 37.24; Zc. 11.16; 13.7). Deus se revela, em Sl. 23.1; 80.1; Is. 40.11; Jr. 31.10, como o pastor de Israel. No Novo Testamento, pastorear vem de poimen, substantivo que significa, como em hebraico, “apascentar, alimentar”. Em Ef. 4.11, os pastores são apresentados como dádivas ministeriais de Cristo para a edificação da igreja. Infelizmente, nem todos os pastores se adequam ao modelo bíblico. Apascentam apenas a si mesmos, não têm qualquer cuidado pelo rebanho. Nestes dias difíceis, o pastorado está sendo confundido com uma profissão. Os pastores exploram as ovelhas, extorquem suas peles a fim de satisfazerem suas ganâncias pessoais. Os pastores de Judá, ao invés de darem o exemplo, tornaram-se falsos líderes (Jr. 23.1,8; 10.21). No tempo de Jeremias, os pastores não conduziram sabiamente o rebanho de Deus. Eles perderam a misericórdia e passaram a explorar as ovelhas. Os líderes, guiados pela idolatria, tornaram-se responsáveis diretos pelo julgamento iminente. O termo pastor, no contexto da passagem, se refere a toda liderança de Judá. Os reis, os sacerdotes e os profetas, todos eles deveriam se portar decentemente perante o povo, ele, no entanto, fizerem um pacto para desobedecer ao Senhor, e pior que isso, justificaram que tudo o que faziam era a vontade Deus. Hoje, do mesmo modo, há pastores que tudo fazem, até mesmo vão de encontro à Palavra de Deus, justificando que estão agindo em prol do “reino de Deus”.2. O CUIDADO COM AS OVELHAS DO SENHORO pastor, de acordo com a própria etimologia da palavra, deve alimentar e proteger as ovelhas. O alimento que verdadeiramente nutre o rebanho é a Palavra de Deus. Infelizmente, os pastores estão substituindo essa refeição saudável por fast foods industrializados. Algumas igrejas evangélicas estão desnutridas, ainda que haja aparência de saúde. Isso porque os pastores não levam mais a palavra para os púlpitos. As mensagens de auto-ajuda, as histórias infundadas e os tristemunhos assumiram a proeminência na igreja. Para que o povo não se ausente da congregação, os pastores estão fazendo concessões. Alguns citam Paulo, dizendo que é preciso se fazer de tolo para ganhar a todos. O Apóstolo dos Gentios, no entanto, nunca abriu mão do genuíno evangelho. Na verdade, opôs-se frontalmente a todo evangelho que não fosse o de Jesus Cristo (Gl. 1.7-9). Os pastores que cuidam das ovelhas do Senhor devem, primordialmente, ter compromisso com a Palavra de Deus. Além disso, é preciso que amem o rebanho do Senhor, saibam, conforme revelou Paulo em Éfeso, que não são donos das ovelhas, por ainda que usem da autoridade, não podem ser autoritários. Um pastor que não ama tende a controlar as ovelhas pela força e, não poucas vezes, a exagerar na dose, supervalorizando o poder em detrimento do amor. O resultado são relacionamentos superficiais, fundamentados no medo e que, não poucas vezes, resultam em abuso espiritual, e não poucas vezes, em doenças psicossomáticas.3. JESUS, O EXEMPLO DE BOM PASTORO pastor vocacionado por Deus segue o exemplo de Cristo, o Bom Pastor (Jo. 10.1-9). Os falsos pastores não entram pela Porta (Cristo), mas sobe por outra parte. O pastor comprometido com a obra é aquele que olha para Cristo, desejando glorifica-lo, fazendo tudo no poder que Ele outorga, pregando Sua doutrina, andando em Seus passos e se esforçando para conduzir os pecadores a Cristo. Os falsos pastores entram no ministério motivados por interesses mundanos e pela auto-exaltação, não pelo desejo de exaltar a Jesus. Esses conseguem arrebanhar uma multidão de incautas, pessoas simples que, por não conhecer a Bíblia, torna-se presa fácil dos seus caprichos. Mas não acontece assim com as ovelhas de Cristo, pois elas ouvem a Sua voz, e, diferentemente dos impostores, não são induzidos ao erro. A mensagem central do pastor de Cristo, não é ele mesmo, pois não depende do marketing pessoal, mas a Cruz de Cristo, sem a qual o evangelho se descaracteriza. Quando alguém encontra um pastor, nos moldes de Jesus, encontra a verdadeira liberdade. Isso porque um pastor segundo Cristo não põe fardos pesados sobre as ovelhas que ele mesmo não é capaz de carregar. Um pastor semelhante a Cristo não folga ao ver a ovelha errante pelo deserto, antes a busca amorosamente a fim de trazê-la ao aprisco.CONCLUSÃOOs pastores são dádivas de Cristo para a edificação da igreja. Mas nem todos os que se dizem pastores o são no sentido bíblico do termo. Um verdadeiro pastor busca, primordialmente, alimentar o rebanho. Os movimentos evangélicos modernos estão descaracterizando esse significado. Por causa disso, nos deparamos, nos dias atuais, com pastores que se ufanam em seus cargos, investem intensamente na auto-exaltação e cuidam apenas dos seus interesses. Diante de desmandos tais, convém, nesses últimos dias, orar para que o Senhor envie obreiros genuínos para a Sua seara, compromissados, sobretudo, com o Evangelho de Cristo.BIBLIOGRAFIAHARRISON, R. K. Jeremias e Lamentações. São Paulo: Vida Nova, 1980.LONGMAN III, T. Jeremiah & Lamentations. Peabody, Mass: Hendrickson, 2008.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Estudo aponta preferências religiosas da população


Pesquisa foi além, ao detalhar como se dividem os evangélicos, perguntando qual a igreja frequentada
Rodrigo Menes de Almeida, do Jornal da Comunidade - Estudo do Instituto Dados Pesquisa Opinião & Mercado, que já teve outros resultados apresentados no Jornal da Comunidade e Coletivo, perguntou a 2.500 pessoas qual a sua preferência religiosa. No universo pesquisado, 59% dos entrevistados se declararam católicos. Outros 22,4% se disseram evangélicos, e 8,6% disseram ter algum credo mas nenhuma religião específica.
Das demais religiões, a espírita foi a mais citada, tendo 4,4% de eleitores se declarando pertencentes àquela religião. O protestantismo é a religião de 1,2% dos entrevistados, enquanto outros 1,2% se consideraram ateus. Os budistas e seguidores de outras religiões consideradas “orientais” somaram 0,5%, enquanto 0,4% se disseram umbandistas ou pertencentes a outras religiões afrobrasileiras. Apenas 2,2% não souberam responder a essa pergunta.
A pesquisa também procurou detalhar a vertente de cada um dos grupos evangélicos presentes na capital do Brasil. A mais popular é a Assembleia de Deus, da qual 29,6% dos entrevistados faz parte. A Universal do Reino de Deus foi a igreja escolhida por 9,3%, Presbiteriana teve 3,7% e Sara Nossa Terra foi a resposta de 2,9% das pessoas ouvidas.
As demais foram Congregação Cristã do Brasil e Batista Benezer, com 2,9% cada, Casa da Benção e Ministério da Fé, com 1,9% cada, Deus é Amor e Adventista, com 1,4% cada, Batista Internacional com 0,7% e Catedral da Oração e Pentecostal, cada uma com 0,2% das respostas. Outros 25,3% dos entrevistados disseram fazer parte de alguma outra igreja evangélica. 5,9% não responderam a essa pergunta.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

A INFELIZ DECLARAÇÃO DE ARCEBISPO:A SOCIEDADE ATUAL É PEDÓFILA


Para ele, o abuso sexual de crianças e adolescentes é mais frequente entre médicos, professores e empresários do que entre sacerdotes.
No primeiro dia da 48ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o arcebispo de Porto Alegre, dom Dadeus Grings, instaurou uma grande polêmica ao falar sobre as denúncias de pedofilia contra padres. Presidente da comissão responsável pelo tema principal da reunião -- a missão da Igreja no mundo -, Dom Dadeus disse que "a sociedade é pedófila". - A sociedade atual é pedófila, esse é o problema. Então, facilmente as pessoas caem nisso. E o fato de denunciar isso é um bom sinal - disse.

Dom Dadeus, de 73 anos, criticou a liberalização da sexualidade por "gerar desvios de comportamento", entre os quais a pedofilia. Para ele, assim como homossexuais conquistaram mais espaço e direitos, o mesmo poderá ocorrer com pedófilos.
- Quando a sexualidade é banalizada, é claro que isso vai atingir todos os casos. O homossexualismo é um caso. Antigamente não se falava em homossexual. E era discriminado. Quando começa a (dizer) que eles têm direitos, direitos de se manifestar publicamente, daqui a pouco vão achar os direitos dos pedófilos - disse.
O arcebispo foi escalado pela CNBB para conceder a primeira entrevista coletiva da conferência, com outros três bispos. Dom Dadeus deixou claro que o abuso sexual de crianças e adolescentes é crime e deve ser punido. Mas admitiu que a Igreja tem dificuldade de cortar a própria carne, ao lidar com denúncias contra religiosos. Segundo ele, punições internas são adotadas, mas denunciar os casos à polícia é mais complicado:
- A Igreja ir lá acusar seus próprios filhos seria um pouco estranho.
Dom Dadeus disse que, na Alemanha, apenas 0,2% dos abusos sexuais contra crianças foram praticados por sacerdotes. Ele crê que os casos de pedofilia viraram um calcanhar de Aquiles e estão servindo para quem quer atacar a Igreja e valores como a castidade:
- Há uma anomalia na sociedade humana e que deve ser corrigida. Agora, não é justo dizer que só a Igreja que tem. Não é exclusividade da Igreja. A Igreja é 0,2%.
Conhecido por suas posições conservadoras, o arcebispo afirmou que a homossexualidade é inata apenas em pequena parte dos gays. Na outra parte, segundo ele, a opção sexual é resultado da educação recebida:
- Nós sabemos que o adolescente é espontaneamente homossexual. Menino brinca com menino, menina brinca com menina. Só depois, se não houve uma boa orientação, isso se fixa. Então, a questão é: como vamos educar nossas crianças para o uso da sexualidade que seja humano e condizente?
Indagado sobre a afirmação de dom Dadeus de que a sociedade é pedófila, o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, porta-voz da 48ª Assembleia, reagiu:
- É uma afirmação complicada, tem que ter dados para verificar isso.
Para dom Orani e o bispo de Araçuaí (MG), dom Severino Clasen, os abusos envolvendo padres são parte de problema que atinge diversos segmentos.
- Isso nos frustra e machuca muito - afirmou dom Severino. - O que nos envergonha é também o que nos leva a ter esperança de novos tempos.
Tristeza Católica
O núncio apostólico do Brasil, Lorenzo Baldisseri, inaugurou nesta terça-feira a Assembleia Geral da Confederação de Bispos com uma missa na qual admitiu a "amargura" da Igreja Católica devido aos escândalos sexuais denunciados em vários países.
"A Igreja atravessa um momento de profunda tristeza e amargura" e "aparece fustigada nos jornais e outros meios de comunicação, exposta pelas debilidades de alguns de seus membros", disse Baldisseri.
O religioso afirmou que os culpados dos escândalos denunciados em diversos países, incluindo o Brasil, são "responsáveis de pecados e crimes gravíssimos que serão julgados perante Deus e os tribunais", e afirmou que, para a Igreja, este "é um tempo de purificação e de penitência".
Também defendeu que "esta onda tempestuosa passará e a santidade da Igreja permanece intacta, porque é santa por Jesus Cristo", assim como o são os "inumeráveis homens e mulheres venerados nos altares por imensas multidões de cristãos que vivem suas próprias vidas na fé".
Fonte: O Galileo

terça-feira, 4 de maio de 2010

BARACK OBAMA SE ENCONTRA COM BILLY GRAHAM


O Presidente dos EUA, Barack Obama, visitou Billy Graham em sua casa na montanha, na Carolina do Norte, pela primeira vez no último domingo (25).
Durante a reunião de meia hora, os dois conversaram sobre uma variedade de assuntos durante o café, entre eles: suas esposas, golfe e Chicago, de acordo com o porta-voz de Graham, Larry Ross.
Os dois concluíram a conversa orando um pelo outro, e Graham deu ainda ao Presidente duas Bíblias, uma para ele e outra para a primeira-dama – Michelle Obama.
“Estou satisfeito por ter o presidente Obama em minha casa esta tarde”, disse o evangelista, em um comunicado. “Ele pediu um encontro desde que ele foi passar o fim de semana perto de Asheville”.
Obama estava querendo encontrar Graham há algum tempo, mas uma agenda movimentada e outras situações atrasaram a reunião até este último domingo.
Os dois tinham planejado se reunir em outubro de 2008, enquanto Obama ainda estava na campanha eleitoral, mas a saúde debilitada de Billy Graham impediu o encontro. Obama falou novamente com evangelista novembro passado, quando ele telefonou para desejar um feliz aniversário para Billy Graham.
Franklin Graham, filho de Billy, também agradeceu ao Presidente por ter dito que ele iria apelar da recente decisão de um juiz federal que declarou o Dia Nacional de Oração como inconstitucional. Graham é o co-presidente honorário do Dia Nacional de Oração.
Barack Obama é o décimo segundo Presidente que Graham conheceu pessoalmente durante o seu ministério.
Quem é Billy Graham?
Billy Graham (nome completo: William Franklin Graham Jr) é um pregador batista norte-americano nascido em 7 de Novembro de 1918 em Charlotte, Carolina do Norte. Foi conselheiro espiritual de vários presidentes americanos. Foi ainda o mais proeminente membro da “Convenção Batista Sulista dos EUA”.
Graham já pregou pessoalmente para mais pessoas do que qualquer pregador da história ao redor do mundo. De acordo com a sua equipe, a partir de 1993, mais de 2,5 milhões de pessoas tinham “Um passo à frente em suas cruzadas para aceitar Jesus Cristo como seu Salvador pessoal”. A partir de 2008, a audiência Graham’s lifetime, incluindo rádio e televisão, superou 2,2 bilhões.
Após graduar em Wheaton, Graham foi co-fundador da Youth for Christ (Mocidade para Cristo) junto com o evangelista Charles Templeton. Ele viajou como evangelista por todo os Estados Unidos e Europa levando os ensinamentos cristãos. Graham planejou uma série de missões em Los Angeles em 1949 e as missões levaram 8 semanas, mais do que o planejado que eram 3 semanas. Ele liderou as missões em Londres que duraram 12 semanas, e uma missão na cidade de Nova York na Madison Square Garden em 1957 que durou 16 semanas.
Graham desfrutou de uma reputação privilegiada devido às suas cruzadas serem feitas em lugares onde outros evangelistas consideravam impossível. Durante a Guerra Fria. Ele falava a grandes multidões em países da Europa Oriental e na União Soviética.
Durante o Apartheid, Graham foi constantemente recusado à visitar a África do Sul, até que o governo finalmente permitiu que podessem fazer a cruzada. A primeira cruzada de Graham na África do Sul ocorreu a partir de 1973. Ele usou a cruzada para denunciar o Apartheid ocorrido no mundo.
O evangelista foi um dos poucos pregadores que conseguiram falar na Coreia do Norte. Graham se opôs a segregação racial durante os anos 1960 e pagava fiança de Martin Luther King, sempre quando era preso nas cadeias do sul dos Estados Unidos durante a era dos direitos civis nos anos 1960.
Com informações de Christian Post/ OGalileo/ Enciclopédia Livre
Adaptação: O GalileO

SERRA NOSGIDEÕES


Pré-candidato falou para público de 10 mil pessoas em Santa Catarina. Em referência à eleição, disse que batalhas são voltadas ao progresso do país.
Ao participar de um evento religioso em Santa Catarina, na noite deste sábado, o pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, fez um discurso repleto de referências à Bíblia e pediu orações ao público.
De acordo com a organização do 28º Congresso Internacional de Missões dos Gideões Missionários da Última Hora, promovido pela Assembleia de Deus, em Camboriú, Serra falou para um público de 10 mil pessoas, acompanhado de líderes políticos da região.
O pré-candidato começou o discurso com “que todos estejam com a paz do Senhor”, tradicional saudação dos evangélicos. Em seguida, fez um pedido por orações: “Peçam que Ele me dê sabedoria para enfrentar as batalhas daqui por diante. Todas elas voltadas ao progresso do país”.
Ao longo do discurso, Serra falou sobre saúde e fez ligações entre passagens da Bíblia e sua atuação no Ministério da Saúde. Destacou ainda a importância da vacinação contra a nova gripe e criticou os fumantes.
“A pessoa que fuma sabe que o cigarro vai fazer mal, mas continua assim mesmo. Depois, adoece e mesmo assim continua fumando. Assim é uma pessoa sem Deus. Sabe que Ele está ali, mas não o procura”, afirmou o pré-candidato.
Serra foi tratado várias vezes como “futuro presidente”. No meio de sua oração, o pastor Cezino Bernardino pediu para que os fiéis orassem para que Serra se elegesse e convidou o pré-candidato a voltar ao encontro no ano que vem como presidente da República.
Depois de ganhar uma Bíblia do pastor, Serra encontrou jornalistas para uma rápida entrevista. Defendeu o trabalho missionário das igrejas e evitou falar sobre a investigação contra o governador do Estado, Leonal Pavan (PSDB). “Não tenho avaliação sobre isso. Não conheço os termos desta investigação”, disse.
Ao sair do ginásio onde ocorreu o evento, foi saudado por uma multidão e fez o V de vitória. Após quase duas horas em Camboriú, seguiu com a comitiva em direção ao Aeroporto Internacional de Navegantes Ministro Victor Konder, de onde partiria de volta a São Paulo.
Fonte: G1

Lição 6 - A SOBERANIA E AUTORIDADE DE DEUS



09 DE MAIO DE 2010
TEXTO ÁUREO
"Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?" (Rm 9.21).
- Questionar a moralidade das ações divinas é inadequado. As criaturas não têm o direito de objetar ao que seu Criador faz. Este ensinamento jamais deveria nos levar a pensar que uns são mais dignos que outros, mas sim, que o Criador controla toda a criação. Não há base para o ensino que afirma que podemos exigir de Deus, ou de alguma forma ‘pressioná-Lo’ a fazer algo. A criatura não tem o direito de exigir nada do seu Criador visto que sua existência depende dEle.
VERDADE PRÁTICA
Em sua inquestionável soberania, Deus trata as suas criaturas como bem lhe aprouver. Submetamo-nos, pois, à sua perfeita, infinita e sábia vontade.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Jeremias 18.1-10
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Explicar por que Deus enviou Jeremias à casa do oleiro;
- Conscientizar-se de que Deus é soberano;
- Compreender que a soberania de Deus está baseada em sua onipotência, onipresença e onisciência.
PALAVRA-CHAVE
Soberania de Deus
- Do lat. “superanus”, um adjetivo qualificativo derivado de “super”, que significa “sobre”. “Soberano” é, portanto, aquele que está “sobre” algo ou alguém; Nesta lição, autoridade inquestionável que Deus exerce sobre todas as coisas criadas no céu e na terra.
COMENTÁRIO
(I. INTRODUÇÃO)
Na lição de hoje veremos que Deus ensina, de modo prático, uma importante lição a Jeremias. O Senhor pede que o profeta vá à casa do oleiro, para que ali observe o trabalho do artífice. Jeremias obedece ao Senhor e, naquele local, aprende uma importante lição a respeito da soberania divina.
Enquanto Jeremias observava o trabalho do oleiro, Deus colocava em sua mente duas grandes verdades. Deus tem autoridade e poder para formar e moldar reinos e nações como lhe agradar. Pode dispor de nós como lhe agradar, e seria tão absurdo que nós questionássemos isto, como se o barro discutisse com o oleiro. Contudo, as regras de justiça e bondade continuam sempre iguais. Quando Deus vem contra nós com juízos, podemos estar certos que é por causa de nossos pecados; a conversão sincera do mal do pecado evita o mal do castigo às pessoas, famílias e nações. O Altíssimo mostra ao profeta que Ele pode e faz, sempre, o que é melhor (ainda que não entendamos assim). "[...] Meu plano realizar-se-á, executarei todas as minhas vontades.." Isaías 46.10 Versão Católica. REFLEXÃO
(II. DESENVOLVIMENTO)
I. A VISITA À CASA DO OLEIRO
1. A casa do oleiro. O profeta ouvia a voz de Deus nos acontecimentos mais simples da vida diária. Jeremias ouvira a palavra do Senhor enquanto observava uma amendoeira, água fervendo na panela e, agora, o oleiro em seu ofício. Aparentemente a casa do oleiro localizava-se no vale do Filho de Hinom, perto da porta do Oleiro (19.2); daí, a ordem para descer. Este vale localizava-se a sudoeste de Jerusalém. Seu nome equivalente, em grego, é Gehenna ou ‘inferno’ (um depósito de lixo, fora de Jerusalém, onde o fogo queimava constantemente, famoso por ser local de sacrifícios humanos pelo fogo, durante os reinados de Acaz e Manassés (2Cr 28.3; 33.6). Jeremias chamou-o o ‘vale da Matança’, um símbolo do terrível juízo de Deus (Jr 7.32)).
2. Seus instrumentos de trabalho. A roda de oleiro é uma forma milenar de produzir peças, com uma roda feita a partir de madeira ou ferro. O movimento é feito pela perna que vai sendo jogada contra a roda e assim um movimento necessário para se produzir artefatos cerâmicos. O uso da roda de oleiro na produção de cerâmica já foi identificado por arqueólogos em peças de cerâmica de mais de 3000 anos de existência. Provavelmente tenha sido uma das primeiras tecnologias desenvolvidas para a produção em grande escala. Com ele uma pessoa poderia sem maiores dificuldades, produzir recipientes para toda uma comunidade.
3. A visita à casa do oleiro. Jeremias desce à casa do oleiro por ordem de Deus e ali aprende que tal como um oleiro pode remodelar um vaso mal formado, Deus remodelará seu povo disciplinando-o no exílio. Deus é soberano sobre o povo de Judá – a produção do oleiro depende da qualidade da argila; o que Deus faz do seu povo depende da reação deste. Jeremias representa o juízo divino pelo quebrar de um jarro feito de argila e é maltratado por causa de sua mensagem impopular: assim como a qualidade da argila limita as possibilidades de produção do oleiro, assim a qualidade do povo limita o que Deus fará com ele. Assim como o oleiro tem poder sobre a argila, de igual modo, Deus tem poder sobre nossa vida. SINOPSE DO TÓPICO (1)
II. A SOBERANIA DE DEUS
A afirmação de que Deus é absolutamente soberano na criação, na providência e na salvação é básica à crença bíblica e ao louvor bíblico. A visão de Deus reinando de seu trono é repetida muitas vezes (1Rs 22.19; Is 6.1; Ez 1.26; Dn 7.9; Ap 4.2; conforme Sl 11.4; 45.6; 47.8-9; Hb 12.2; Ap 3.21). Somos constantemente lembrados, em termos explícitos, que o SENHOR (YAWEH) reina como rei, exercendo o seu domínio sobre grandes e pequenos, igualmente (Ex 15.18; Sl 47; 93; 96.10; 97; 99.1-5; 146.10; Pv 16.33; 21.1; Is 23.23; 52.7; dn 4.34-35; 5.21-28; 6.26; Mt 10.29-31). O domínio de Deus é total: ele determina como ele mesmo escolhe e realiza tudo o que determina, e nada pode deter seu propósito ou frustrar os seus planos. Ele exerce o seu governo no curso normal da vida, bem como nas mais extraordinárias intervenções ou milagres.
As criaturas racionais de Deus, angélicas ou humanas, gozam de livre arbítrio, isto é, têm o poder de tomar decisões pessoais quanto àquilo que desejam fazer. Não seríamos seres morais, responsáveis perante Deus, o Juiz, se não fosse assim. Nem seria possível distinguir – como as Escrituras fazem – entre os maus propósitos dos agentes humanos e os bons propósitos de Deus, que soberanamente, governa a ação humana como meio planejado para seus próprios fins (Gn 50.20; At 2.23; 13.26-39). Contudo, o fato da livre ação nos confronta com um mistério. O controle de Deus sobre os nossos atos livres – atos que praticamos por nossa própria escolha – é tão completo como o é sobre qualquer outra coisa. Mas não sabemos como isso pode ser feito. Apesar desse controle, Deus não é e não pode ser autor do pecado. Deus conferiu responsabilidade aos agentes morais, no que concerne aos seus pensamentos, palavras e obras, segundo a sua justiça. O Sl 93 ensina que o governo soberano de Deus (a) garante a estabilidade do mundo contra todas as forças do caos (vs. 1-4); (b) confirma a fidedignidade de todas as declarações e ensinos de Deus (v. 5) e (c) exige a adoração do seu povo (v. 5). O salmo inteiro expressa alegria, esperança e confiança no Todo-Poderoso. (Bíblia de Estudo de Genebra, Nota Teológica, página 991).
1. Definição. A soberania divina é a garantia de que as promessas de Deus jamais falham e a análise desta prerrogativa do Senhor é importantíssima para o fortalecimento de nossa fé. A soberania de Deus recebe forte ênfase na Escritura. Ele é apresentado como o Criador, e Sua vontade como a causa de todas as coisas. Em virtude de Sua obra criadora, o céu, a terra e tudo o que eles contêm Lhe pertencem. Ele está revestido de autoridade absoluta sobre as hostes celestiais e sobre os moradores da terra. Ele sustenta todas as coisas com a Sua onipotência, e determina os fins que elas estão destinadas a cumprir. Ele governa como Rei no sentido mais absoluto da palavra, e todas as coisas dependem dele e Lhe são subservientes. As provas bíblicas da soberania de Deus são abundantes, mas aqui nos limitaremos a referir-nos a algumas das passagens mais significativas: Gn 14.19; Ex 18.11; Dt 10.14, 17; 1 Cr 29.11, 12; 2 Cr 20.6; Ne 9.6; Sl 22.28; 47.2, 3, 7, 8; Sl 50.10-12; 95.3-5; 115.3; 135.5, 6; 145.11-13; Jr 27.5; Lc 1.53; At 17.24-26; Ap 19.6. Dois dos atributos requerem discussão sob este título, a saber, (1) a vontade soberana de Deus, e (2) o poder soberano de Deus (Louis Berkhof – Teologia Sistemática – p. 68).
2. Soberania não é arbitrariedade. “Falar da soberania de Deus não é nada mais do que falar da sua Divindade” - J. Blanchard. Deus exerce sua soberania em misericórdia abundante, não na rigorosa justiça. Sua paciência com Judá prova sua vontade de salvar e confirma o fato de que o fracasso da nação não foi culpa sua. A doutrina calvinista da predestinação não se sustenta justamente por contrariar os dois principais atributos de sua bondade: santidade e justiça.
3. Eleição e predestinação. Como entender ambas as doutrinas? Eleição é “o ato soberano de Deus, pela graça, através do qual ele escolheu em Cristo Jesus, para salvação, todos aqueles que previu que o aceitariam” (Thiessen citado por DUFFIELD). Predestinação é um termo mais abrangente, que envolve a eleição (para os crentes) e a reprovação (para os incrédulos).
4. O profeta Jeremias e a soberania de Deus. A descendência física de Abraão não coloca automaticamente as pessoas no Reino de Deus. Mesmo reivindicando essa descendência era fútil, pois os atos deles não evidenciavam essa descendência. O que os judeus jamais entenderam é que não é a árvore genealógica étnica ou familiar que garante aceitação perante Deus, mas sim honrá-Lo crendo e amando ao Senhor Jesus. Jeremias aprende que o oleiro, às vezes, descarta alguns potes por causa de sua má qualidade – e é o que alguns têm sido: barro ruim. Deus é soberano, no entanto, suas criaturas são livres para render-se, ou não, a Ele. SINOPSE DO TÓPICO (2)
II. O CRENTE E A VONTADE DE DEUS
O objetivo da obra redentora de Cristo era criar um povo seu especial, purificado do pecado e zeloso de boas obras. O crente precisa submeter-se à vontade de Deus, a fim de que Ele opere em sua vida segundo o seu querer. SINOPSE DO TÓPICO (3)
Essa eleição é uma expressão do amor de Deus, que recebe como seus todos que recebem seu Filho Jesus (Jo 1.12). A eleição é Cristocêntrica, isto é, ela ocorre somente através da união com Jesus Cristo. Todo crente fiel só tem vida enquanto estiver em Cristo, o crente só vive e age na esfera de Cristo Jesus, em união com Ele.
Em 18.4 a palavra ‘quebrou’ é o mesmo termo hebraico usado para ‘cinto de linho’ em 13.7, em que é traduzido por ‘apodrecido’. O barro era impróprio para o projeto do oleiro. Ele poderia fazer qualquer outra coisa daquela matéria prima, exceto o vaso inicialmente planejado. De acordo com a sua soberania, estará trabalhando em nossas vidas. “O Senhor é Rei! Quem, pois, ousará resistir à sua vontade, desconfiar do seu cuidado, murmurar contra seus sábios decretos ou duvidar de suas promessas de Rei?” - Josiah Conder.
"O chefe de família diz: “Não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? – MT 20.15” e o Deus dos céus e da terra te faz esta mesma pergunta nesta manhã. “Não me é lícito fazer o que quiser do que é meu?” Não existe atributo de Deus que ofereça mais conforto aos seus filhos do que a doutrina da Soberania Divina. Nas circunstâncias mais adversas, nas mais severas inquietações, eles crêem que a Soberania ordenou as suas aflições, acreditam que ela as governa e os santificará completamente. Não existe outra coisa pela qual os filhos de Deus devam mais ardentemente contender do pelo assunto referente ao domínio de seu Mestre sobre toda a criação – a majestade de Deus sobre todas as obras de suas próprias mãos – e pelo assunto referente ao trono de Deus, e ao Seu direito de assentar-se sobre esse trono. Por outro lado, não há doutrina mais odiada pelos mundanos, nem uma verdade com a qual eles mais brincam do que a grande e estupenda, mas todavia mui certa, doutrina da Soberania do infinito Jeová. Os homens permitem que Deus esteja em qualquer lugar, exceto em Seu trono. Permitem que Ele esteja em Sua oficina, moldando os mundos e criando as estrelas. Permitem que Ele esteja em Sua entidade filantrópica para dispensar Suas esmolas e conceder Suas generosidades. Permitem que Ele mantenha firme a terra e sustenha os pilares dela, ou que ilumine as lâmpadas do céu, ou governo as ondas do oceano inquieto; porém, quando Deus ascende ao Seu trono, Suas criaturas então rangem os dentes; e, quando proclamamos um Deus entronizado, e Seus direitos de fazer o que quiser com o que é Seu, de dispor de Suas criaturas como considerar melhor, sem consultá-las a respeito do assunto, então, nesse momento somos vaiados e execrados, e os homens tapam os ouvidos para nós, porque o Deus que está em Seu trono não é o Deus que eles amam. Eles O amam em qualquer lugar, exceto quando Ele se assenta no trono, com Seu cetro em Suas mãos e Sua coroa sobre a cabeça. Mas é um Deus entronizado que amamos pregar. É Deus sobre o Seu trono em quem confiamos. [...] Devemos assumir, antes de começar o nosso discurso uma coisa certa, a saber, que todas as bênçãos são dons e que não temos nenhuma reivindicação delas por nossos próprios méritos. Penso que toda pessoa que considera os fatos concordará. E sendo isto admitido, nos esforçaremos para mostrar que Ele tem um direito, vendo que eles são Seus para fazer o que Ele quiser com eles – reter deles totalmente como Lhe agradar – distribuir para com todos eles se Ele escolher – dar a alguns e a outros não – dar a ninguém ou a todos, segundo pareça bom a Sua vista. “Não me é lícito fazer o que quiser do que é meu?”" (Sermão pregado na manhã de domingo, 04 de maio de 1856, pelo Rev. C. H. Spurgeon na Capela de New Park Street, Southwark – Inglaterra - http://www.monergismo.com/textos/chspurgeon/Soberania_Spurgeon.htm). (Charles Haddon Spurgeon, - O Príncipe dos Pregadores (19 Jun 1834 - 31 Jan 1892) - pregador Batista Reformado, nascido em Kelvedon, Essex, Inglaterra.)
Como estamos encarando a soberania de Deus? Temos considerado a sua vontade? Ou achamos que, frágeis vasos, temos autoridade sobre o Oleiro? Humildemente, oremos: "Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu".

(III. CONCLUSÃO)
Não há nada que esteja excluído do campo da soberania de Deus, incluindo até mesmo os atos ímpios dos homens. Embora Deus não aprove esses atos de impiedade, Ele os permite, governa e usa para os seus próprios objetivos e glória. A crucificação, o crime mais hediondo de todos os tempos, estava comprometida dentro dos limites 'do determinado conselho e presciência de Deus' (At 3.23). O Senhor Jesus disse a Pilatos que crucificar o Filho de Deus não era uma atitude que estava dentro dos limites do poder humano, mas aquele poder só poderia vir de Deus (Jo 19.11). Outro aspecto importante desta doutrina é o exercício, por parte de Deus, da sua soberania sobre o destino eterno dos homens. O dom da vida eterna é a posse, por parte daqueles a quem Deus, antes da fundação do mundo, 'predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade' (Ef 1.5)" (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro, CPAD, 2006, pp.1844-45).
APLICAÇÃO PESSOAL
Nessas minhas idas e vindas pelo Brasil, pude assistir um oleiro executando seu trabalho de confeccionar peças de artesanato Marajoara em Icoaraci, distrito de Belém do Pará. Os vasos Marajoaras possuem uma constituição do tipo monobloco, produzidos a partir de uma única porção de argila que vai sendo torneado e modelado até atingir a forma desejada com muito suor para fazer o torno girar. Essa estrutura formada por uma só pedra dá àqueles vasos torneados uma grande resistência e uma capacidade de secagem homogênea e uma melhor resistência às perdas por rachaduras e rupturas na queima. Durante a confecção do vaso, uma sutil batalha se trava entre as forças envolvidas nesse trabalho: a força do peso da argila levando o bloco para o centro do torno, a força da rotação do torno que afasta do centro o bloco de argila, a força mecânica ascendente das mãos do oleiro e a força descendente da gravidade, travam uma luta para se impor. Se alguma delas conseguir a supremacia a peça será destruída. Não é por qualquer motivo que o cristão é comparado com o barro e Deus como nosso oleiro. A etapa de modelagem sempre começa com algo bruto e de muita força, mas com o passar do tempo, o vaso começa a tomar forma e não é mais preciso tanta força e já é possível tirar o que não serve ou adicionar o que está faltando de maneira muito delicada, sem maiores sofrimentos. Depois de passar por estas etapas, é levado para a fornalha. Muitos são reprovados e trincam ou aparecem imperfeições por falha em alguma etapa. Os que resistirem ao fogo de quase 1000 graus saem muito mais fortes do que entraram. Ao final de todo o processo, são peças formosas, de rara beleza, colocadas em lugares de destaque. A produção do oleiro depende da qualidade da argila; o que Deus faz do seu povo depende da reação deste. Nos acostumamos a ver líderes convidando o povo a colocar Deus contra a parede, se transformou em mania o chamado CULTO DA RESTITUIÇÃO, onde o povo é levado a cobrar a restituição de algo supostamente roubado pelo diabo. Prosperidade e ‘teologia das $emente$’, esta, sem dúvida nenhuma, está em primeiro lugar, apesar de o Senhor Jesus ter dito: "Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça..." (Lc 12.13-31). Dizem os pregadores e cantores que propalam essa moda: "Muitos criticam quem fala de prosperidade. Mas eu não falo sobre prosperidade; eu vivo prosperidade. Eu não ando mais de fusquinha; tenho tudo do bom e do melhor. Se você quiser ser como eu, passe a ofertar sempre com a maior nota que tiver em sua carteira". Alguns propagadores da Teologia da Prosperidade têm afirmado: “Quem planta sementes de laranja, colherá muitas laranjas. Quem semeia dinheiro colherá muito dinheiro. E quem semeia muito dinheiro colherá muitíssimo dinheiro”. Os incautos que acreditam nisso aceitam cada novo desafio dos telepregadores das $emente$. E estes, por avareza (2 Pe 2.1-3; 1 Tm 6.10), percebendo que a estratégia está funcionando, pedem valores cada vez mais altos." (http://cirozibordi.blogspot.com/2010/05/por-que-teologia-das-emente-e.html).O povo busca ouvir o que seus ouvidos comicham, e a liderança não combate esses que mercadejam a Palavra muito menos corrigem os aleijões teológicos vociferados por eles. Muitos estão fascinados com o resutaldo de campanhas como esta grande falácia das $emente$. Opõe-se ao princípio da generosidade. Aquele que semeia dinheiro está agindo por causa de sua necessidade, egoisticamente, e não por generosidade altruísta. E porque não é combatida?
Questionar a moralidade das ações divinas é inadequado. As criaturas não têm o direito de objetar ao que seu Criador faz. Este ensinamento jamais deveria nos levar a pensar que uns são mais dignos que outros, mas sim, que o Criador controla toda a criação. Não há base para o ensino que afirma que podemos exigir de Deus, ou de alguma forma ‘pressioná-Lo’ a faze algo. A criatura não tem o direito de exigir nada do seu Criador visto que sua existência depende dEle. A Soberania de Deus é um ensino bíblico que se refere ao absoluto, irresistível, infinito e incondicional exercício da vontade própria de Deus sobre qualquer área da sua criação. Deus é aquEle que ordena todos os eventos ao longo do tempo e da eternidade. Ele também é o Criador e Mantenedor de tudo o que existe. Deus 'faz todas as coisas, segundo o conselho de sua vontade' (Ef 1.11)
Subsídio Teológico
· A condicionalidade - "A questão da condicionalidade é o tema central das profecias de Jeremias. Isto vale tanto para as que falam de juízos ameaçadores como para as que discorrem sobre as bênçãos prometidas (18.1-11). Um juízo anunciado poderia ser evitado pelo arrependimento. Da mesma forma, as promessas de bênçãos seriam cumpridas mediante a obediência, mas revogadas diante do pecado. Como até seus contemporâneos reconheceram, o juízo anunciado contra Jerusalém nos dias de Ezequias (Mq 3.9-12) foi revogado quando a cidade se arrependeu (Jr 26.17-19). De acordo com Jeremias, a destruição de Jerusalém e o exílio babilônico poderiam ser evitados se a nação se arrependesse, do contrário, a destruição seria certa" (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2008, pp.189-90).
N’Ele,
Francisco A Barbosa
assis.barbosa@bol.com.br

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD;
- Louis Berkhof – Teologia Sistemática – p. 68;
- DUFFIELD, Guy P.; VAN CLEAVE, Nathaniel M. Fundamentos da Teologia Pentecostal. São Paulo: Quadrangular, 2000;
- Bíblia de Estudo de Genebra, Nota Teológica, página 991;
- Imagem: http://www.barcelos-popular.pt/imagens/350_centrais3.jpg
EXERCÍCIOS
RESPONDA
1. Qual o tema central do capítulo 18 de Jeremias?
R. A soberania de Deus.
2. O que é a soberania divina?
R. É a autoridade inquestionável que Ele exerce sobre todas as coisas criadas, quer na terra, quer nos céus, de tudo dispondo conforme os seus conselhos e desígnios.
3. Qual a diferença entre soberania e arbitrariedade?
R. A soberania é um instrumento legítimo de Deus, através da qual executa Ele toda a sua vontade, visando a plena consecução de seus decretos. Deus não é arbitrário, pois Ele não anula o direito do homem fazer suas escolhas.
4. Com que base fomos nós eleitos por Deus?
R. Nossa eleição tem como base a sua soberania e presciência.
5. Por que devemos orar intercessoriamente.
R. Porque neste capítulo o Senhor ensina que embora tenhamos sido escolhidos para ser a sua particular herança, devemos cumprir as cláusulas da aliança que Ele conosco estabeleceu por intermédio de Cristo Jesus. Caso contrário: haveremos de ser reprovados, como os israelitas o foram.